quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Todo dia é dia de feira

A cada dia em algum bairro de Curitiba ocorre uma feira gastronômica. Faça chuva ou faça frio e chuva (não há outra alternativa meteorológica) armam-se barraquinhas com todos os tipos de comida de várias partes do mundo e as pessoas se reúnem sob guarda-chuvas para comer.
Quinta-feira é o dia do Cristo Rei, na Av. Marechal H. A. Castelo Branco na altura da Av. São José, das 17h às 22h.
Eu já sou cliente recorrente da feira, mas quinta passada revisitei-a em nome da gordisse do Bauru com Coentro.
Infelizmente, porém, era feriado municipal de Nossa Senhora da Luz e a feira estava desfalcada.

Feira gastronômica da depressão
Normalmente ela conta com bem mais barracas, dos mais diversos tipos. Barraca de milho e derivados (suco, milho cozido, bolo etc.), de comida japonesa, polonesa, baiana, portuguesa, de empanadas bolivianas, pastel, crepes, doces, espetinhos e sanduíches de pernil.
Eu costumo a começar pelo espetinho, são duas barracas: a do Gaúcho, que costuma contar com longas filas; e uma outra do lado extremo oposto, que costuma ficar vazia. Sugiro você esperar na fila.
Os espetinhos variam de R$3,50 por frango ou alcatra a R$4,50 pela picanha. Todas servidas com farofa e preparadas por uma bela equipe exclusivamente feminina (eu nunca vi o tal do "Gaúcho" dono da barraca, mas pode ser apenas coincidência).
De qualquer maneira, quinta passada não havia nem a barraca. Então fomos direto para a barraca portuguesa, onde somos atendidos por uma simpática mulher vestida com roupas típicas portuguesas, mas que não apresenta nenhum sotaque.

Mas que faz um belo de um bolinho de bacalhau
Os bolinhos de bacalhau (R$3,50) são relativamente grandes, não são gordurosos e realmente contém bacalhau (o que é uma raridade, normalmente vende-se bolinhos de batata com cheiro de bacalhau). Não que não tenha batata, ele é um pouco massudo, mas pelo tamanho e pelo preço é o melhor que se pode esperar. Além de serem extremamente saborosos.
Normalmente eu encerro por aqui, mas a falta de espetinho me fez procurar por mais comida. Entre as inúmeras opções saudáveis optei por mais fritura.
A barraca "Pastel do Marcelo"  é a que mais atrai fila depois do espetinho. Mas só pela tradicionalidade do pastel. Os preços parecem ser aleatórios e variam de R$2,75 - o de queijo - a R$5,50 - o especial, com os sabores intermediários que não seguem a lógica do "recheio mais caro, pastel mais caro". Entretanto não sou eu quem compra as matérias primas e nem preparo a planilha de custos do Marcelo, posso estar só sendo chato por o meu favorito frango com requeijão estar mais caro que o de camarão.
Eu iria elogiar o fato de o pastel não estar tão gorduroso quanto costuma-se encontrar por aí. Mas enquanto o meu estava bem sequinho o da sra. Coentro, do mesmo sabor, estava pingando óleo.

E claro, comprei uma coca-cola
Falando em coca-cola, tomem cuidado. Em algumas barracas os refrigerantes são vendidos a R$2,50 e em outras a R$3,00. Como você não é obrigado a comprar a bebida na mesma barraca em que está comendo vale a pena perguntar e dar uma pesquisada no valor das bebidas em cada uma das barracas, eu dividi uma lata com a sra. Coentro, mas uma família poderia economizar o suficiente para um bolinho de bacalhau extra só por comprar bebidas na barraca do lado.
Considerando o que eu já experimentei das outras vezes em que visitei a feira, não sou muito fã das empanadas bolivianas e a sra. Coentro tem birra do crepe (eu particularmente não sou fã de crepes).
Meu próximo passo será experimentar o sanduíche de pernil (R$7,00), meu sonho de consumo, ou o de alcatra (R$10,00).
Minha correspondente baiana é muito chata exigente em relação ao seu acarajé ou outras comidas típicas e mesmo quando em Salvador só os compra em duas barracas específicas da cidade, ou seja, nem sequer experimentou para avaliar.
Os bombons recheados (R$2,50) da barraca de doces são mundialmente famosos e deixou a sra. Coentro bastante brava ao não encontrá-los no feriado.
Como vocês puderam perceber, apesar de cada uma das coisas ser barata ou ter preços razoáveis preparem suas carteiras antes de ir. Você vai querer comer um pouquinho aqui e um pouquinho ali para experimentar o máximo possível e vai acabar gastando uma fortuna sem perceber.
Ok, não uma fortuna, mas numa época em que se paga tudo com cartão e se anda com pouco dinheiro no bolso você pode se achar com a carteira vazia num lugar que só aceita dinheiro. Abasteça-se antes.

2 comentários:

  1. Eu ainda estou deprimida desde aquela quinta-feira. Devo cobrar indenização do dono da barraca de bombom ou da prefeitura?

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  2. Okay, eu cheguei ao meu ÁPICE de ódio a vocês dois! obg.

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